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Foto: Júlio Lemos (Gazeta de Rosário)
Fumaça no céu de Rosário do Sul
A chegada de grande quantidade de fumaça das queimadas na Argentina alterou a coloração do céu em municípios da região, especialmente os que ficam mais próximos da fronteira. O aspecto acinzentado tomou conta da paisagem em Rosário do Sul e também é visto no interior de São Gabriel. A origem da fumaça e da fuligem está no outro lado do Rio Uruguai, no município de Santo Tomé, província argentina de Corrientes.
Em Rosário do Sul, além da visibilidade comprometida, moradores relatam que é possível sentir um odor forte e a qualidade do ar já é afetada. Já em São Gabriel, houve pessoas que ligaram para o Corpo de Bombeiros relatando a chegada da fumaça na zona rural. Segundo os bombeiros, a fumaça apenas afeta a visibilidade no céu e não causa outros transtornos. A maior concentração da fuligem é registrada nas áreas de fronteira, em uma área que vai de Uruguaiana até a região de Santa Rosa.
Desde a sexta-feira, 13 incêndios em vegetação são atendidos pelos bombeiros em Santa Maria
A cidade argentina de Santo Tomé, que faz fronteira com São Borja, vive uma emergência de fogo pela seca severa e o verão com calor extremo em vários dias. O fogo atinge o local há mais de mês, mas se intensificou nos últimos três dias na região. São cerca de 20 mil hectares queimados por dia. Nesta segunda-feira, choveu na região, o que ajudou a controlar o fogo.
- Basicamente, aquela forte onda de calor de janeiro, associada à falta de chuva ocasionada pelo fenômeno La Niña, intensificou a vegetação seca, o que fez surgir os focos de incêndio. Atualmente, temos condições de chuva naquela região. O alerta é para que as pessoas tenham cuidado onde há chuva e fumaça, porque a tendência é que a água esteja suja em meio à fumaça, com chuva escura em função da fuligem. A recomendação é evitar o contato da chuva com a pele, que pode ter gases tóxicos - explica o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima Meteorologia.
De acordo com a MetSul, a estimativa é que mais de 800 mil hectares tenham sido afetados nos mais de 50 dias de incêndios na província de Corrientes, onde mais de 9% do território provincial já esteve em chamas. Em Santo Tomé, um foco com "redemoinhos de fogo" surpreendeu vários campos produtivos na quarta-feira, devastando pastagens e florestas. Bombeiros militares do Rio Grande do Sul se deslocaram para a cidade argentina para auxiliar no combate ao incêndio florestal.